[PDF] TARTUFO: O TEATRO DE MOLIÈRE COMO FONTE HISTÓRICA





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“Por que rimos do que eles dizem?”: reflexões sobre a presença da

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MOLIÈRE

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TARTUFO: O TEATRO DE MOLIÈRE COMO FONTE HISTÓRICA

This work intends to hypothesize a possible contextual reading of the play entitled "Tartuffe" (Tartuffe) which was staged at Versailles (1664) counting on the 



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    Première représentation du « Tartuffe » de Molière à Versailles avant sa censure. Pliant devant le parti dévot, Louis XIV fait interdire la pi?, qui ne sera jouée en public que radicalement remaniée, cinq ans plus tard.
  • Pourquoi la pièce Tartuffe a été interdite ?

    La pi? a fait scandale parce que, tout en prétendant viser les faux dévots, elle attaquait aussi les vrais dévots, ainsi que l'affirment ses adversaires.
  • Quelle est la morale de Tartuffe ?

    La querelle du Tartuffe
    Dans sa préface, Molière écrit que la pi? a un but moral : "Rien ne reprend mieux les hommes que la peinture de leurs défauts". Il écrit Tartuffe pour que les hommes cessent d'être de faux dévots et des hypocrites.
  • Œuvres et citations de Molière

    La Jalousie du BarbouilléLe Médecin volant.L'Étourdi - Fin 1654.Le Dépit amoureux - 16 décembre 1656.Les Précieuses ridicules - 18 novembre 1659.Sganarelle ou le Cocu imaginaire - 28 mai 1660.Dom Garcie de Navarre - 4 février 1661.L'?ole des maris - 24 juin 1661.
Anais do III Encontro de Pesquisas Históricas - PPGH/PUCRS. Porto Alegre, 2016. p.917-927. . TARTUFO: O TEATRO DE MOLIÈRE COMO FONTE HISTÓRICA

TARTUFO:

Marcus De Dutra Mattos

Mestrando em Filosofia PUCRS

marcus.mattos@acad.pucrs.br

RESUMO

Seria possível classificar as peças do parisiense Jean-Baptiste Poquelin (Molière) como fontes históricas? Qual

seria o método? O que se pode absorver da época vivida por Molière a partir de sua obra? Este trabalho tem a

intenção de levantar a hipótese de uma possível leitura contextual da peça intitulada (Tartufo) que

fora encenada em Versalhes (1664), contando com as possibilidades da própria confecção desta peça, visto seu

teor satírico para com paradigmas de sua época, dos quais a censura que lhe foram aplicadas confirmam tais

paradigmas. Partindo da visão de autores como Bakhtin, Bourdieu, Certeau, Durkheim e outros, com o intuito de

mostrar que a viabilidade da existência desta peça se dá perante as estruturas sociais, materiais e mentais da

época. Para além de um paradigma de História Cultural, ou História das Ideias, este trabalho é uma tentativa de

mostrar que documentos não oficiais podem e em grande medida devem ser usados como fonte histórica, visto a

polifonia social, ou a polifonia discursiva existente na própria formulação de textos como os deste autor.

Palavras-chave: Molière. Tartufo. Fonte Histórica. Polifonia Social. Estruturas Temporais.

ABSTRACT

Would be possible to classify Jean-) plays as historical sources? What would be the

method? What can be absorbed from the time lived by Moliere from his work? This work intends to hypothesize

a possible contextual reading of the play entitled "Tartuffe" (Tartuffe) which was staged at Versailles (1664),

counting on the very possibilities of production of this piece, as his satirical content toward paradigms his time,

of which the censorship that have been applied confirm such paradigms. From the authors view as Bakhtin,

Bourdieu, Certeau, Durkheim and others, in order to show the feasibility of the existence of this piece is given by

the social structures, mental and material of the time. Apart from a paradigm of Cultural History or History of

Ideas, this work is an attempt to show that no official documents can and largely should be used as a historical

source, seen the social polyphony, or the existing discursive polyphony in the formulation itself texts like this

author. Keywords: Molière. Tartuffe. Historical Source. Social polyphony. Temporal structures.

Introdução

deve informar- Molière é conhecido por suas obras satíricas para com o seu tempo, é um autor que teve maestria em observar o seu contexto vivido ao ponto de caricatura-lo de forma jocosa,

mostrando as incoerências e peculiaridades de seu tempo. Porém, seria possível usar de

Molière como fonte histórica? Para isto será necessário um ponto de partida metodológico,

ou, de ponto de vista epistemológico do próprio sentido do discurso como uma polifonia 918
Anais do III Encontro de Pesquisas Históricas - PPGH/PUCRS. Porto Alegre, 2016. p.917-927. .

social discursiva (Bakhtin), das condições sócio materiais para a produção deste discurso

(Bourdieu e Durkheim) no que atrelam o sentido dado para a sociedade que consumia sua obra em seu contexto vivido, e também como uma tentativa de enquadrar esta tentativa de

legitimação de Molière à luz da História Cultural e da História Social das Ideias, partindo do

pressuposto da representação (Chartier) ao seu contexto, estando enraizado nas estruturas

sociais e temporais. O que se procura é uma tentativa observar o processo criativo da obra, analisando o

que possibilitaria (teoricamente) sua produção. O que se coloca em questão é a própria

relação de significante-significado na linguística, ou seja, o conteúdo da obra de Molière,

como em qualquer obra, contém símbolos que foram apreendidas pelo contexto social ao qual

o seu autor está imerso, logo, tanto a construção semântica quanto a significação de tais

palavras, que dão sentido ao texto, são sociais e acima de tudo, são temporais. É sob a égide

da polifonia social de Bakhtin que tais argumentos são amparados, visto que sua tese é de que

não há objetividade nas palavras, logo, toda a palavra é subjetiva, sua significação está à

BAKHTIN, 1995, p. 15).

A tentativa é de expor a ideia de que Molière não teria escrito o que escreveu, dado que estivesse em um contexto social e histórico diferente, assim, a ideia de estarmos presos ao nosso tempo histórico e ao contexto social aponta para que, se de um lado é impossível

perceber com objetividade um contexto social e histórico do qual não se viveu, é impossível

transgredi-lo com a individualidade de cada ser, as mutações (do tempo/sociedade) se dão de

forma dialética com reconfigurações e ressignificações feitas por seus agentes sociais.

Molière

Jean-Baptiste Poquelin (1622-1673) foi um parisiense dramaturgo, que usou do

gênero satírico para a confecção de suas peças teatrais. Sua obra é marcada pela tentativa de

caricaturar jocosa e criticamente, os costumes de sua época, sendo conhecido como um dramaturgo dos costumes. Os exemplos mais expressivos são Le Tartuffe, Le misanthrope, Le bourgeois gentilhomme, Le malade imaginaire e L'école des femmes. As críticas de Molière giram em torno dos costumes mais variados da sociedade que o pertencia: Seja a crença decadente de sua época, seja a avareza da burguesia que lhe era contemporânea, assuntos como o matrimonio, exposto inclusive nesta peça Tartuffe, e até hipocondrias, como em O 919
Anais do III Encontro de Pesquisas Históricas - PPGH/PUCRS. Porto Alegre, 2016. p.917-927. . Doente Imaginário. É de se presumir que muitas obras (inclusive Tartuffe) foram proibidas durante algum tempo, visto seu teor explicitamente critico, e Molière fazia uma espécie de pendulo, quando criticava a Igreja, inimiga do Rei, usava do suporte real para a chancela da vigência de suas obras, e assim fazia este movimento triangular entre Burguesia/Igreja/Rei que lhe propiciavam condição para a exibição de suas obras, visto que mesmo atacando um grupo social, acabava por interessar aos outros, que lhe eram adversários.

Enredo do Tartufo

A obra Tartufo ou O Impostor (Le Tartuffe) se passa na Paris da segunda metade do século XVII, onde a trama gira em torno de dois personagens principais: Orgon, patriarca da família, sujeito extremamente devoto e Tartufo, um enganador que se traveste de religioso e, de certa forma, mídia divina, ou reprodutor da vontade de Deus. A obra que é dividida em cinco atos, como a grande maioria das obras de Molière mostra o movimento de ascensão deste Impostor dentro da família de Orgon, visto que desde o início fora abrigado pelo dono da casa em estado precário, até o momento ápice que, por iludi-lo, toma a posse da casa da

família, sempre em respaldo de seu argumento de estar fazendo a vontade divina, Tartufo só é

desmascarado por um plano de Elmire, esposa de Orgon, que arquiteta o movimento mais conhecido da obra, que esconde Orgon em baixo de uma mesa para ouvir seu religioso

Tartufo galanteá-la, e assim, ao sair de baixo da mesa, reconhece o verdadeiro eu deste

Impostor, que inicia uma ação de estrebuche, levando cartas transcritas das confissões que Orgon fazia para incrimina-lo às autoridades, até que é preso pelo sargento Monsieur Loyal, que investiga e descobre a vida pregressa deste Impostor e o enquadra como criminoso. 920
Anais do III Encontro de Pesquisas Históricas - PPGH/PUCRS. Porto Alegre, 2016. p.917-927. .

Movimentos destacados na obra Tartufo

Figura 1: Trois personnes se querellent dans un salon (1823). Fonte: Bibliothèque numérique.1

Ato I:

Cena I: Dorine: na sua imaginação passa por santo, mas, acredite-me, toda sua maneira de ser não passa de hipocrisia. (MOLIÈRE, 1980, p. 15) Cena II: O tal, que conhece bem a sua vítima e que dela quer aproveitar-se, possui a arte de ofusca-la com falsas aparências; com as suas beatices arrancando-lhe dinheiro a todo instante e critica-nos a todos como igual. (MOLIÈRE, 1980, p. 21)

1 Cf. Simmonet, Jean-

novembre 2016, http://bibnum.enc.sorbonne.fr/omeka/estampes/121484874. 921
Anais do III Encontro de Pesquisas Históricas - PPGH/PUCRS. Porto Alegre, 2016. p.917-927. . Neste trecho do primeiro ato, Molière expõe a hipocrisia moral de Tartufo, que o faz em prol de aquisição monetária.

Ato II:

Cena I: Orgon: é falar sensatamente. Diga-me então minha filha que em toda a pessoa dele brilhar alto merecimento, que lhe toca o coração e que lhe seria agradável vê-lo tornar-se esposo pela minha escolha. Hein? (MOLIÈRE, 1980, p. 36)
Quem o senhor quer, meu pai, que eu diga que me toca o coração e que me seria agradável, por sua escolha, tornar-se meu esposo? (MOLIÈRE, 1980, p. 37) Sim, pretendo minha filha, unir tartufo a família através de seu casamento. Será meu esposo, já o resolvi. (MOLIÈRE, 1980, p. 38) Neste trecho é percebida a transição matrimonial arranjada da idade média, para o casamento deliberado pelas paixões, tipicamente moderno. Mariane, filha de Orgon expõem

sua angustia ao ter que ser sujeitada a este tipo de união, que é no final das contas uma união

que suprime os desejos individuais e subjetivos dela para os desejos político-religiosos de quem está o arranjando, no caso, seu pai, Orgon.

Ato IV:

Cena I: Tartufo: Os que me conhecem não terão a impressão de que o fiz por interesse. Pouco atrativo tem para mim todos os bens deste mundo, não me deslumbro com seu brilho enganador, e se me resolvo a receber do pai doação que me quer fazer, é apenas, para dizer a verdade, por temer que essa fortuna toda venha a cair mãos de gente ruim; ou então de pessoas que, recebendo-a, empreguem na para fins criminosos, deixando de aplica-la conforme é do meu desejo, para a glória do céu e a felicidade do próximo (MOLIÈRE, 1980, p. 95). Percebe-se aqui a hipocrisia do Impostor, que ao receber a posse da casa, nega suas intenções individuais e usa de seu discurso de mediador da vontade divina. Cena VII: Tartufo: minha senhora, tudo conspira para meu contentamento: visitei cuidadosamente todo esse apartamento e não há ninguém e minha alma encantada... (MOLIÈRE, 1980, p. 113). Orgon: Vamos mais devagar! O senhor está deixando arrastar muito depressa pelos seus desejos amorosos e não devia apaixonar-se tanto. O homem de bem! Queria me enganar! Como sua alma se entrega facilmente as tentações! Desposava-me a filha e ainda cobiçava minha mulher! Por muito tempo duvidei que fosse verdade, e sempre acreditei que afinal mudasse de tom, mas é levar bastante longe as provas: o que acabo de ver é suficiente para mim, não preciso mais (MOLIÈRE, 1980, p. 113). 922
Anais do III Encontro de Pesquisas Históricas - PPGH/PUCRS. Porto Alegre, 2016. p.917-927. . Aqui temos o desmoronamento relacional entre Tartufo e seu devoto, Orgon, feito pelo plano arquitetado por Elmire, que esconde seu esposo e iludido devoto, para que escute seu provedor da vontade divina galantear sua esposa. Da construção textual: do fato social à polifonia discursiva

A língua, a palavra, são objetos abstratos, e por isso, não tem definição e compreensão

falta de objetividade, o significado não está na palavra, e sim no seu significante, ou seja, o

ser, enquanto indivíduo inserido em um contexto social é que aprenderá o seu significado, que

é construído socialmente, e assim, a inversão de princípios, quando afirmamos que o

significado das palavras é externo à palavra é condição fundamental para a compreensão da

significação proposta neste artigo, A língua é um fato social, cuja existência se funda nas necessidades da comunicação. Mas ao contrário da linguística unificante de Saussure e seus herdeiros, que faz da língua um objeto abstrato ideal, que se a consagra como sistema sincrônico homogêneo e rejeita suas manifestações individuais, Bakhtin por sua vez valoriza justamente a fala, a enunciação e afirma sua natureza social, não individual: a fala esta indissoluvelmente ligada as condições da comunicação, que por sua vez, estão sempre ligadas as estruturas sociais (BAKHTIN, 1995, p. 14). É preciso entender o Fato Social supracitado, pela definição dada por Émile Durkheim, que afirma em seu livro As regras do método sociológico: Consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao indivíduo, e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual esses fatos se impõem a ele (DURKHEIM, 2003, p. 4). Assim, é preciso perceber e reconhecer a natureza social destes signos simbólicos a que se refere Bakhtin, pois Durkheim (como Bakhtin) transfere para a sociedade o agente criador de significante e significado para com os deve ser buscada entre os fatos sociais antecedentes, e não entre os estados da consciência individual (DURKHEIM, 2003, p. 85).

Polifonia social

(BRAIT, 2005, p. 4), logo, a emergência da significação resulta de um contexto, de um meio, e acontece de forma dialógica 923
Anais do III Encontro de Pesquisas Históricas - PPGH/PUCRS. Porto Alegre, 2016. p.917-927. . do dialogismo, essa polifonia resulta de um gênero discursivos num contexto enunciativo que acolhe uma (BRAIT, 2005, p. 164). O autor defende a tese de que este dialogismo, intrínseco à construção do discurso, é

conectado à cultura, ou se preferir, ao contexto social, e por isto, o teor ideológico que

Bakhtin usa para descrever a ideologia dos signos, que estão em constante luta com o meio, grande escala: ele responde a alguma coisa, refuta, confirma, antecipa as respostas e objeções (BRAIT, 2005, p. 7). Ao refletir sobre o diálogo como forma elementar da comunicação, Bakhtin valorizou, indistintamente, esferas de usos da linguagem que não estão circunscritas aos limites de um único meio, (...) graças a essa formulação o campo conceitual do dialogismo pode ser visto como uma reivindicação de vários contextos e sistemas da cultura (BRAIT, 2005, p. 163). Portanto, o que está sendo dito é que não há discurso construído que seja desconexo com o meio cultural, ou o meio social. Mesmo que não corresponda à realidade objetiva, o discurso está ligado ao meio. Peguemos o unicórnio como exemplo: é a união de um chifre (existente na natureza) com um cavalo (existente na natureza), apesar de irreal e abstrato, (BRAIT, 2005, p.

164) Pois se aprendemos a falar absorvendo as palavras do meio social, apesar de usarmo-las

de forma subjetiva, o que está sendo dito é que a própria maneira de pensar é social, visto que

sem palavras não há pensamento, nesta visão. Para além do Fato social, Bakhtin faz uma abordagem marxista da linguagem, remetendo-a a uma luta dialógica entre agente subjetivo e comunidade linguística, assim,

além de um fato social, a língua também é presa em um tempo histórico, e o discurso legítimo

se dá existe do ponto de vista da consciência subjetiva do locutor de uma dada comunidade linguística num dado momento da história(BAKHTIN, 1995, p. 91). Este teor marxista usado por Bakhtin pode ser observado, no mesmo assunto, por Bourdieu, que, por sua vez usa da dialética para mostrar como ocorre a legitimidade de cada ida em que a pessoa-alvo reconhece quem as exerce como podendo exercê-la de direito, ou então, quando se esquece de si mesma ou se ignora, sujeitando-se a tal eficácia(BOURDIEU, 1996, 924
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