[PDF] CINEMATECA PORTUGUESA-MUSEU DO CINEMA





Previous PDF Next PDF



Orphée de Jean Cocteau : une réécriture cinématographique du

Le long-métrage Orphée débute avec une voix-off celle de Cocteau lui-même



JEAN COCTEAU ET LE MYTHE DORPHÉE

Le Testament d'Orphée se passe uniquement dans cette zone et mis à part quelques nouveaux personnages



Analyse alchimique dOrphée de Jean Cocteau Orphée de Jean

Orphée de Jean Cocteau date de 1925. Cette pièce marque une phase mystique du poète. Rappe- lons que c'est à la veille de Noël 1925 que Cocteau.



RÉSIDENCE ORPHÉE

Située sur une parcelle comportant déjà une résidence la résidence Jean. Cocteau



Jean Cocteau - Mythes et cinéma La traversée du miroir

70 Comment Cocteau revisite-t-il le mythe d'Orphée ? 86 Bibliographie / Filmographie / Sitographie. Sommaire des encadrés. 15 Les quatre épisodes du film Le 



Orphée aux mille visages: Cocteau Anouilh

https://www.revueplume.ir/article_114497_249d3a8fcfe107d26ea01817fa2dfb0c.pdf



Jean Cocteau (1889-1963) - Bibliographie

2 oct. 2013 Il entreprend une cure de désintoxication écrit Orphée (1925)



Untitled

Poète dessinateur



Cocteau retrouve « le testament dOrphée »

(1959). Cocteau retrouve « le testament d'Orphée ». Séquences (19)



Orphée : Héros de la mythologie gréco-romaine

Orphée lorsqu'il chantait son amour pour Eurydice. Pour aller plus loin sur Orphée : -Jean Cocteau Orphée



Cocteaus Female Orpheus

Jean Cocteau s 1950 film Orphée addresses itself to the version of the Orpheus story in The Metamorphoses and the address it offers is not altogether 



Jean Cocteau: Orpheus Narcissus

(His film Orphée is not an adaptation of this piece although they share several attributes.) In this play



CINEMATECA PORTUGUESA-MUSEU DO CINEMA

3 de ago. de 2022 ORPHÉE / 1949. (Orfeu) um filme de Jean Cocteau. Realização e Argumento: Jean Cocteau / Fotografia: Nicholas Hayer / Montagem: J. Sadoul.



Orphée

27 de jan. de 2022 Orphée. De Philip Glass. Encenação Felipe Hirsch. Maestro Pedro Neves ... Uma ópera de câmara em dois atos baseada no filme de Jean Cocteau.



Orphée Rises Again

A Comparative Analysis of Orphée (Cocteau 1950; Glass 1993) myth and the Cocteau and Glass re-imaginings is that Orphée and Eurydice are both restored.



The Mysteries of Cocteaus Orpheus

Jean-Jacques "Orphee et le livre des morts tibetain." Cahiers du cinema. April 1960. (No. 106)



CINEMATIC SELF-PORTRAIT OF AN ARTIST – JEAN COCTEAUS

CINEMATIC SELF-PORTRAIT. OF AN ARTIST – JEAN. COCTEAU'S LE TESTAME T. D'ORPHÉE (1960). Je suis un mensonge qui dit toujours la vérité. (Jean Cocteau).



Orphée aux mille visages: Cocteau Anouilh

https://www.revueplume.ir/article_114497_249d3a8fcfe107d26ea01817fa2dfb0c.pdf



JEAN COCTEAU ET LE MYTHE DORPHÉE

mis à part quelques nouveaux personnages Jean Cocteau n'y côtoie que les personnages morts de ses oeuvres antérieures -. Orphée n'y apparaît pas puisqu'il a 

CINEMATECA PORTUGUESA-MUSEU DO CINEMA

DO OUTRO LADO DO ESPELHO

03 de agosto de 2022

ORPHÉE / 1949

(Orfeu) um filme de Jean Cocteau Realização e Argumento: Jean Cocteau / Fotografia: Nicholas Hayer / Montagem: J. Sadoul

/ Direcção Artística: Jean D'Eaubonne / Música: Georges Auric / Interpretação: Jean Marais

(Orphée), François Périer (Heurtebise), Maria Casarès (Princesa), Marie Déa (Eurydice), Edouard

Dermit (Cégeste), Pierre Bertin (inspector), Jacques Varennes (juiz), Roger Blin (escritor), Juliette

Gréco (Aglaonice), Jean Cocteau (narrador), etc.

Produção: Émile Darbon, para Films du Palais Royal / Cópia: dcp, preto e branco, legendado

eletronicamente em português, 95 minutos / Estreia Mundial: Paris, 25 de Julho de 1950 / Estreia em Portugal: 20 de Agosto de 1951, no cinema Tivoli. ________________________

Orphée, uma das obras-primas absolutas da história do cinema, tem por base a peça homónima

que Cocteau escreveu e encenou em Paris em 1926; logo, o primeiro trunfo do filme é o facto de

ser totalmente cinemático, sem qualquer resquício de intromissão dos meios expressivos do

teatro na linguagem do cinema, circunstância cujo alcance todo o cinéfilo apreciará. A peça já

continha vários elementos que mais tarde seriam retomados no filme: a Morte vista como uma -chique, vestida por Coco Chanel; Heurtebise (nome da marca do elevador do prédio onde morava Picasso), o anjo que, na peça, remetia indirectamente para S. Tomás de Aquino e que vestia uma espécie de fardo feito de vidro e madeira (como a figura insólita que

aparece no filme durante as catábases [descidas ao inferno] de Orphée e Heurtebise),

interpretado pelo próprio Cocteau; todo o jogo de espelhos que corresponde quase à própria Rolls Royce no filme correspondia, na peça, a um

cavalo mágico, que emitia mensagens enigmáticas e anagramas, cuja decifração revelava

tentativa da parte de Cocteau de responder -

exortação que é repetida, no filme, a Jean Marais, na sequência do Café des Poètes) do que

propriamente uma obra amadurecida do ponto de vista artístico (o papel da Morte, por exemplo, era interpretado por Cocteau de chocar a assistência, fosse de que maneira fosse).

Neste aspecto, Orphée-

definida daquilo que queria faze

objectivação racional: nunca nos podemos esquecer, ao abordar esta figura extraordinária, que

foi Cocteau que deu a Descartes a réplica mais filosoficamente desconcertante de sempr pe humana que Cocteau decidiu focar em Orphée são o amor e a morte, entre as quais a poesia (palavra que, para Cocteau, significava qualquer actividade criativa) avulta como uma espécie de que a sua pessoa e a sua obra surgem como um diapasão emocional relativamente ao qual nós

(leitores, estetas, espectadores, amantes) podemos afinar os nossos próprios sentimentos. Daí as

presenças emblemáticas de Jean Marais e de Edouard Dermit no filme (duas figuras de primeira

importância na vida sentimental de Cocteau), em relação às quais a Morte (Maria Casarès) não

sugerido no início) e de se apaixonar perigosamente por Marais. Claro que tudo isto aponta para

a postulação de que Orphée não é mais do que uma autobiografia metamorfoseada em mito,

global, impossível de objectivar de forma límpida e linear, transcende em muito a soma racional

das suas partes. Assim, Orfeu é Cocteau e Narciso (note- planos de Marais a observar-se no espelho da morte e a acordar com a cara reflectida na água), ao mesmo tempo que é encarnado pelo amante e alter ego de Cocteau, Jean Marais, que

aparecerá, curiosamente, em Le Testament d'Orphée (1960) no papel de Édipo, figura mítica

com a qual Cocteau se identificava tanto como com as de Orfeu e Narciso. Esteticamente, Orphée é uma daquelas glórias do cinema a preto e branco, com um universo

visual detentor da elegância exímia e de todo o poder inventivo dentro da linguagem especial do

preto e branco que associamos às grandes obras-primas simultaneamente cinemáticas e pictóricas que são (por exemplo) Notorious (Hitchcock), L'Avventura (Antonioni), Viaggio in Italia (Rosselini) ou Morangos Silvestres (Bergman). Tal como nesses filmes, todos os pormenores falam, desde o polido do Rolls ao papel de parede no quarto de Orphée, desde os

enquadramentos das paisagens reais e imaginárias à forma como cada personagem adquire

densidade psicológica pelo modo como é fotografada. Nisto Cocteau revela-se espontaneamente um mestre do cinema, da mesma forma que revelou inesperadamente os seus talentos no âmbito

das outras formas artísticas que cultivou. É mesmo possível que tenha sido o cinema a

modalidade de expressão poética (na acepção do próprio Cocteau) a conferir ao autor aquilo que

lhe estava constantemente a fugir das mãos no contexto da sua actividade criativa como poeta, a tal imortalidade de que a sua recepção no Institut de

história da cultura artística do século XX, sentado de pedra e cal ao lado dos seus queridos

amigos e colegas, Picasso e Stravinsky. E Orphée

arte ao mesmo tempo clássica, rococó e surrealista, que autoriza tal valorização da figura

fascinante de Jean Cocteau.

Frederico Lourenço

quotesdbs_dbs48.pdfusesText_48
[PDF] orphée film

[PDF] orphée instrument

[PDF] orphée musique

[PDF] orphée mythe

[PDF] orphée vikidia

[PDF] orral dnb brevet

[PDF] orso frère corse

[PDF] orthocentre centre de gravité centre du cercle circonscrit alignés

[PDF] orthocentre d'un triangle

[PDF] Orthocentre et cercle circonscrit

[PDF] Orthocentre et droite d'Euler, vecteurs

[PDF] orthocentre triangle

[PDF] orthodoxie en france

[PDF] orthodoxologie

[PDF] orthogonalité