[PDF] “A SUIVRE…” REALIDADE E SUBJETIVIDADE EM SOPHIE CALLE





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SOPHIE CALLE

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“A SUIVRE…” REALIDADE E SUBJETIVIDADE EM SOPHIE CALLE

Este artigo aborda o livro A suivre da exposição Doubles Jeux (1998)



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Ano 2013. Número 16. ISSN 1679-6888.

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REALIDADE E SUBJETIVIDADE EM SOPHIE CALLE

Maíra Fernandes de Melo é mestranda em Literatura, Cultura e Contemporaneidade na PUC-Rio.

Email: mairafernandesdemelo@gmail.com

Resumo

Este artigo aborda o livro A suivre..., da

exposição Doubles Jeux (1998), que integra o conjunto de trabalhos realizados pela artista Sophie Calle em parceria com o escritor Paul Auster. Nos três trabalhos da série, Calle põe em jogo questões da arte contemporânea: identidades desintegradas e múltiplas, alteridade, contingência, experiência, encenação/representação de si e o constante processo de construção e reconstrução mútuas de subjetividades e realidades.

Abstract

This article discusses the book A suivre..., from

the exhibition Doubles Jeux (1998), one of the works done by artist Sophie Calle in association with writer Paul Auster. In the three works of A suivre..., Calle brings issues of contemporary art into play: disintegrated and multiple identities, otherness, contingency, experience, self staging/self representation and the constant process of mutual building-rebuilding of subjectivities and realities.

Não chegar ao ponto em que não se diz mais

EU, mas ao ponto em que já não tem

qualquer importância dizer ou não dizer EU

Deleuze&Guatarri

Introdução a Mil Platôs

As últimas décadas têm presenciado alterações epistemológicas profundas em conceitos fundantes das ciências humanas, como verdade, realidade, sujeito. Após a morte do autor, ruturalistas na segunda metade do século passado, o mundo contemporâneo assiste agora a uma especial fascinação pela esfera íntima. As repercussões simbólicas da mídia e da cultura do espetáculo de modo geral

afetam de forma determinante a capacidade de distinção entre realidade e ficção e

operam hibridações significativas entre espaço público e espaço privado. Na arte produzida após a crise da representação, o retorno do autor pode se apresentar como uma ameaça aos avanços empreendidos tanto pela teoria quanto pela prática. É para evitar um retrocesso possível caso não se debruce reflexivamente sobre o assunto que teoria literária, há um movimento de retorno à problemática do sujeito, uma busca de um meio-termo entre desconstrução e hipóstase d É nesse contexto que se insere o que hoje se convencio (1988), Zizek (2012), Lipovestsky (2005) e outros pensadores da sociedade contemporânea? Como fazer a experiência estar/ser arte?

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1) Corpo-Experiência

O conceito contemporâneo de escrita extrapola a noção de literatura: o corpo (SANTOS, 1999, 25). Admitindo a fantasia de aproximação extrema entre arte e vida, a dimensão material da experiência estética tem sido recorrente na obra de muitos artistas, que, em espaços limítrofes, criam vida através de suas obras.

Seguindo o

(RANCIÈRE, 1995, 18), o corpo se apresenta como potência; mas não de forma simplesmente escrever não é contar as próprias lembranças, suas (DELEUZE, 1997, 12). Usar o corpo como mídia artística pressupõe certa presença de si, na medida em que

meu corpo é a materialização daquilo que me é próprio, realidade vivida e que

determina minha relação com o mundo. Dotado de uma significação incomparável, ele existe à imagem de meu ser: é ele que eu vivo, possuo e sou (ZUMTHOR, 2007, 23). Ainda assim, este corpo-autobiográfico, simples suporte performático, nem

sempre pressupõe a experiência. Mas, ao contrário, quando o que é obra não é a vida

cotidiana do artista, mas sim seu corpo-experiência, parece que o que se tem é uma produção não de um sujeito, mas de uma existência, de uma vida que pulsa, de um (NOVARINA, 2009, 34). Tem-se a escrita como afirmação da experiência.

2) Sophie/Paul

A arte de Sophie Calle costuma utilizar diferentes suportes, sendo construída por

imagens majoritariamente fotográficas, anotações, reflexões e diários. Pequenos contos,

livros, fotos e vídeos integram a priori a maior parte de suas obras. Artes visuais, performance, literatura escrita, por fim, da experiência. Sua obra, autorreferente, é frequentemente estruturada sobre a construção e reconstrução de identidades, de si ou dos outros. Obras como no livro Histórias Reais, demonstram esse caráter: Eu o vi num dia de dezembro de 1985. Ele estava fazendo uma conferência. Achei-o sedutor. Só uma coisa me desagradou: a gravata de corres berrantes. No dia seguinte, enviei-lhe, anonimamente, uma discreta gravata marrom. Alguns dias depois, cruzei

com ele num restaurante: estava usando a minha gravata. Não combinava nada com a 10.17771/PUCRio.escrita.21933

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escrita@puc-rio.br camisa. Então, resolvi mandar para ele, todos os anos, no Natal, uma roupa a meu gosto. Em 1986, ele recebeu um par de meias cinzas de seda; em 1987, um colete preto de alpaca; em 1988, uma camisa branca; em 1989, abotoaduras douradas; em 1990, uma cueca com estampa de árvores de Natal; nada em 1991 e, em 1992, uma calça de flanela cinza. No dia em que ele estiver completamente vestido com o que eu escolhi, gostaria de reencontrá-lo (CALLE, 2009, p. 37). Ao longo de sua carreira, a artista não só jogou com sua(s) identidade(s), como também com as identidades de outros parceiros, amigos e desconhecidos que se tornam fundamentais para seu trabalho. É a partir do(s) outro(s) que Sophie Calle constrói sua obra. É no jogo relacional com os muitos outros incorporados ao seu trabalho que Calle constrói e reconstrói, sempre, sua(s) própria(s) identidade(s). Justamente por seu trabalho autobiográfico, Sophie Calle foi convidada pelo escritor Paul Auster, também conhecido pelo caráter autobiográfico de seus livros1, para servir de inspiração a uma personagem do livro Leviatã (AUSTER, 2001), a artista plástica Maria. Calle não só aceitou, como incorporou o espírito da brincadeira para criar mais uma de suas obras. Assim surgiu a exposição/livro Doubles Jeux (CALLE,

1998). Na obra, Calle se apropria e (re)encena algumas das obras criadas pelo escritor

Em seguida, ela

apresenta as obras de sua autoria que foram apropriadas por Maria/Paul Auster. O livro I, intitulado La vie de Maria et comment elle a influencé celle de Sophie, traz a artista (re)vivendo os rituais/trabalhos de arte que a personagem-artista viveu. Nos livros II ao VI, intitulados La vie de Sophie et comment elle a influencé celle de Maria, Calle apresenta os projetos que inspiraram Paul Auster na construção artística de sua personagem. O último livro da série, que Calle intitula Une des nombreuses façons de mêler la fiction à la réalité, ou comment tenter de devenir un personnage de roman, traz o projeto Gotham Handbook (New Y quotesdbs_dbs45.pdfusesText_45
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