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10 sept. 2015 ... Wikipedia). Page 22. 22. DMEC. Dépôt de matière sous flux d'énergie ... Familia à l'échéance 2026 anniversaire de la mort de Gaudi. La tâche ...
Ronan Lima Franco de Oliveira O SURGIMENTO DAS AFRO
30 juil. 2021 ... Thuault. Os Pontífices do período entre o Concílio Vaticano I e II22 ... Wikipedia relatando o histórico do protestantismo nos. Estados Unidos ...
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sistemas raramente e economicamente rentáveis
La famille Thuault - Herman BRAUN-VEGA
La famille Thuault 1980 168 x 140 cm - Acrylique sur boisRéférencesÉdouard Clemente Danièle Urbain-Landreau Jorge Barbosa Manuel Bugallo Martin
Herman Braun-Vega - Wikipédia
Herman Braun-Vega est un artiste peintre franco-péruvien né le 7 juillet 1933 à Lima Pérou le triptyque La familia informal que l'on trouve dans l'exposition
Fernando Vega (peintre) - Wikipédia
Fernando Vega (Max Braun dit) né le 21 janvier 1932 à Lima au Pérou et décédé le 26 novembre 1965 à Ibiza en Espagne est un artiste peintre péruvien non
La famille Thuault - Prezi
La famille Thuault · 1 Introduction · 2 Caractristiques du tableau · 4 le decor · 6 liens · 7 L'artiste · 7 L'artiste · 8 Mon ressenti
La famille Thuault (1980) de Herman Braun Vega Histoire de lart
Historia de los Artes: Secuencia N°2: Soy yo y mi familia A1 : PARLER EN CONTINU: peut se décrire et décrire sa famille décrire des vêtements ECOUTER :
pouvez vous maider a decrire le plus presisement possible le
Le tableau de Braun Vega La Familia Thuault est un tableau à l'huile sur toile qui représente une famille Thualt dans un paysage bucolique La
[PDF] Braun-Vega
14 oct 2012 · Source : Wikipedia http:// wikipedia org/wiki/Artiste_peintre Photo Violette Wojcik jean-Luc chalumeau extrait du texte « Braun-Vega : un
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Biographie - BRAUN-VEGA
Je suis né á Lima au Pérou le 7 juillet 1933 á midi moins le quart les pieds devant Lima 1947: mon frère Max (Fernando Vega) mon aîné de dix-sept mois
![Untitled Untitled](https://pdfprof.com/Listes/18/6589-18MareNostrum_2020_vol.11_n.1_.pdf.jpg)
Revista do Laboratório de Estudos Sobre o Império Romano e Mediterrâneo Antigo da Universidade de São Paulo.
LEIR-MA-USP: http://leir.fflch.usp.br/
V. 11, N. 1/2020 ± Brasil
ISSN: 2177-4218
Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Departamento de HistóriaEquipe Editorial
Diretor
1.Norberto Luiz Guarinello, Universidade de São Paulo, Brasil.
Editores
1.Gustavo Junqueira Duarte Oliveira (Editor Responsável), Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
2.Sarah Fernandes Lino de Azevedo (Editora de Seção), Universidade de São Paulo, Brasil.
3.Fabrício Sparvoli (Editor de Seção), Universidade de São Paulo, Brasil.
4.Thais Rocha da Silva (Editora de Seção), Universidade de Oxford, Reino Unido.
Conselho Editorial
1.Aiste Celkyte, Utrecht University, Holanda;
2.Ana Paula Scarpa Pinto de Carvalho,
Universidade de São Paulo, Brasil;
3.Bruno dos Santos Silva, Universidade de São
Paulo, Brasil;
4.Camila Aline Zanon, Universidade de São Paulo,
Brasil;
5.Camila Condilo, Universidade de Brasília, Brasil;
6.Fabio Augusto Morales, Universidade Federal de
Santa Catarina, Brasil;
7.Fabrício Sparvoli, Universidade de São Paulo;
8.Gabriel Cabral Bernardo, Universidade de São
Paulo, Brasil;
9.Gilberto da Silva Francisco, Universidade Federal
de São Paulo, Brasil;10.Ivan Matijasic, Newcastle University, Reino
Unido;
11.Juliana Caldeira Monzani, Universidade de São
Paulo, Brasil;
12.Lilian de Angelo Laky, Universidade de São
Paulo, Brasil;
13.Maria Dolores Casero Chamorro, Universidad
Complutense de Madrid, Espanha;
14.Paloma Guijarro Ruano, França;
15.Pedro Luís de Toledo Piza, Universidade de São
Paulo, brasil;
16.Tatiana Faia, Universidade de Lisboa, Portugal;
17.Uiran Gebara da Silva, Universidade Federal
Rural de Pernambuco, Brasil.
Conselho Científico
1.Alex Degan, Universidade Federal de Santa
Catarina;
2.Carlos Augusto Ribeiro Machado, University of
St. Andrews, Reino Unido;
3.Fabio Duarte Joly, Universidade Federal de Ouro
Preto, Brasil;
4.Fábio Faversani, Universidade Federal de Ouro
Preto, Brasil;
5.Gilvan Ventura da Silva, Universidade Federal do
Espírito Santo, Brasil;
6.Ivana Lopes Teixeira, Faculdade de São Bernardo
do Campo, Brasil;7.Joana Campos Climaco, Universidade Federal do
Amazonas, Brasil;
8.Juliana Bastos Marques, Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro, Brasil;
9.Margarida Margarida Maria de Carvalho,
Universidade Estadual Paulista, Campus de
França, Brasil;
10.Tatiana Bina, Portugal;
Fabrício Sparvoli e Matheus Dallaqua. : Gilberto da Silva Francisco.: Ana Paula Scarpa Pinto de Carvalho; Anita Fattori; Fabrício Sparvoli; Ginneth Pulido Gómez; Norberto Luiz Guarinello;
Pedro Luís de Toledo Piza; Sarah Fernandes Lino de Azevedo; Thais Rocha da Silva.: Laboratório de Estudos Sobre o Império Romano e Mediterrâneo Antigo da USP (leirma@usp.br).
Mare Nostrum (São Paulo) [recurso eletrônico]: Revista do Laboratório de Estudos Sobre o Império Romano e Mediterrâneo Antigo da Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Departamento de História. ± v. 11, n. 1 (2020). ± São Paulo: USP/FFLCH, 2020 ±Anual, v. 1, n.1 (2010) -
Semestral, v. 8, n.8 (2017-)
ISSN: 2177-4218
Modo de acesso: World Wide Web.
Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/marenostrum>1. História Antiga. 2. Letras Clássicas. 3. Arqueologia do
Mediterrâneo. 4. Filosofia Antiga - Periódicos. I. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.Departamento de História.
MARE NOSTRUM.
ESTUDOS SOBRE O MEDITERRÂNEO ANTIGO
ISSN 2177-4218
viiSUMÁRIO
I. Editorial ................................................................................................................... ix
II. Dossiê ......................................................................................................................... 1
1. Sex and Gender and Sex ................................................................................ 1
Stephanie Lynn Budin
2. Pode um deus dar à luz? Msj nos Hinos Religiosos do Império Novo
Egípcio (c. 1539-
Divindade Criadora ..................................................................................... 61
Guilherme Borges Pires
3. Atuação de mulheres assírias nas redes de comércio inter-regional do II
Milênio AEC: possibilidades de abordagens de gênero nos estudos daAntiga Mesopotâmia .................................................................................. 105
Anita Fattori
4. Retorno ao Fragmento 31: tradução, gênero e sexualidade .................. 131
Letticia Batista Rodrigues Leite
5. Representação e Poder: a mulher que falou através de Apolo nas
de Heródoto ................................................................................................ 159
Isabela Casellato Tores
6. manifestos na união entre Perseu e Andrômeda ..................................... 179Marina Pereira Outeiro
7. Dejanira e a morte no leito: considerações sobre gênero e matrimônio na
tragédia de Sófocles ........................................................... 205Mateus Dagios
8. Educação, gênero e interseccionalidade na literatura augustana ........ 235
Renata Cerqueira Barbosa
9. As moedas das mulheres imperiais .......................................................... 259
Taís Pagoto Bélo
10. Interseccionalidade em representações de sacerdotes castrados noImpério Romano ....................................................................................... 287
Semíramis Corsi Silva
11. O mito de Tristão e Isolda inscrito na Antiguidade: contribuições teórico-
metodológicas para além da Idade Média .............................................. 317Ana Carolina Pedroso Alteparmakian
III. Artigo de Tema Livre ........................................................................................ 351
12. Mudanças climáticas e a construção de cisternas micênicas (1300 a.C.-
1200 a.C.) .................................................................................................. 351
Gustavo J. P. Peixoto
IV. Resenhas .............................................................................................................. 377
13. Comentario de Gallego, J. & Fernández, C. (comps.) (2019).
................................................................................. 377Juan Gerardi
14. A História dos Vândalos Reconsiderada ................................................ 385
Geraldo Rosolen Júnior
ixI. EDITORIAL
É com imensa satisfação que apresentamos o dossiê "Gênero e Interseccionalidadena História Antiga". Trata-se de uma produção coletiva que reflete a ambição do trabalho
do Messalinas, o Grupo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade na Antiguidade (www.messalinas.fflch.usp.br), ligado ao LEIR-MA-USP (Laboratório de Estudos sobre o Império Romano e Mediterrâneo Antigo da USP). O Messalinas vem buscando, desde seu surgimento, em 2014, aprimorar o diálogo aberto com diferentes abordagens e temas, tendo como eixo central o gênero na Antiguidade. O grupo, que inicialmente contava apenas com pesquisadores do LEIR, se expandiu e hoje inclui pesquisas desenvolvidas em pelo menos cinco universidades (USP, UNESP, UFBA, UFRJ, Oxford) nas áreas de História, Arqueologia e Letras, bem como de outros Laboratórios de pesquisa, se mostrando como profícuo espaço multidisciplinar de cooperação acadêmica. Importante ressaltar que, considerando a produção acadêmica em nível nacional e internacional, este não figura como o primeiro dossiê discutindo o gênero no mundo antigo, e, sabemos, também não será o último. Entretanto, o presente dossiê se coloca como um marco no escopo de produção da Revista Mare Nostrum, assinalando os dez anos de atuação da Revista. Ao mesmo tempo que o tema do gênero vive uma nova onda na academia europeia e estadunidense, o Brasil se junta ao debate. Acreditamos que a nossa contribuição aos estudos da Antiguidade e aos estudos de gênero se dá em dois níveis. O primeiro, por mostrar que o tema ainda desperta interesse para a pesquisa nas diversas sociedades do mundo antigo, num amplo recorte cronológico. Num segundo nível, esse interesse se manifesta, juntamente com a multiplicidade de temas, na complexidade metodológica que os estudos de gênero exigem. A variedade das fontes históricas apresentadas neste dossiê, de textos à cultura material, demonstra o potencial do gênero como ferramenta metodológica. Trata-se, nesse escopo, de salientar o seu aspecto relacional que viabiliza o entendimento das sociedades e seus modos de organização. Ele expõe ao mesmo tempo categorias de organização do mundo antigo e da nossa sociedade contemporânea, apontando para os limites da pesquisa histórica. Mais ainda, reforça a necessidade de ajustar o aporte teórico-metodológico que potencialize o diálogo entre as fontes, pesquisadores e as questões da pesquisa. Se por um lado o gênero, como campo de estudo, surgiu da história das mulheres, ele não se limita a isso. Ainda que muitas pesquisas da área privilegiem as mulheres como x categoria central nas análises, é fundamental problematizar também uma pesquisa de contornos ginocêntricos, a fim de não ignorar os demais sistemas de organização e classificação sexuados em que os indivíduos operam. Assim, os estudos sobre masculinidade são também necessários a fim de apontar alguns limites e problemas do próprio feminismo. Como apontou Marilyn Strathern em The Gender of the Gift: problems with women and problems with society in Melanesia (1988), assim como a categoria mulheres não é universal, o feminismo transformou os homens numa categoria monolítica. Assim, a inclusão de pesquisas sobre a masculinidade reforça o jogo de tensões e negociações sociais dentro do campo do gênero, sublinhando a necessidade de uma análise acima de tudo relacional. Se o gênero reforça, portanto, o aspecto relacional, em que medida ele dialoga com outros elementos que compõem as identidades? De que maneira ele nos informa sobre outras categorias sociais que estão em jogo num determinado conjunto de relações sociais? É nessa perspectiva que a interseccionalidade ganha força nas discussões, ela potencializa que outras categorias, tais como status, idade, etnicidade, entrem na análise e as hierarquias de organização possam ser visibilizadas e compreendidas. Nesse sentido, o gênero não existe sozinho, como já afirmava Judith Butler em Gender Trouble (1999). É preciso levar em conta de que modo ele aciona e é acionado nas redes de relações de indivíduos e grupos. O termo interseccionalidade ganhou popularidade nos últimos 20 anos e tem sido usado de diversas maneiras pelas humanidades (e.g. Hill Collins e Bilge, 2016). Se inicialmente ele ganhou força com as feministas negras nos Estados Unidos entre as décadas de 1960 e 1970, desafiando as premissas do movimento feminista em geral, ele foi usado em larga escala no Sul Global sem necessariamente fazer referência ao termo. Como categoria analítica, interseccionalidade pretendia inicialmente resolver a fragmentação das identidades e grupos dos movimentos sociais que não eram sempre representados nas pautas de luta. O reconhecimento dos muitos grupos minorizados obrigou cientistas sociais a repensarem suas categorias de análise, contemplando a diversidade e a complexidade dos indivíduos em suas redes de relações e papeis sociais. Assim, interseccionalidade se tornou um modo de entender os diversos eixos de organização e divisão de uma determinada sociedade. Nessa perspectiva, mais do que dizer o que é interseccionalidade, é preciso dizer o que ela faz, portanto, como instrumento analítico. Pesquisadores brasileiros estão, em muitos sentidos, numa situação privilegiada para pensar o tema, uma vez que as pautas xi levantadas pelos movimentos feministas - tanto acadêmicas como no ativismo - há muito chamam a atenção para a necessidade de se olhar a situação de mulheres negras e outros grupos minorizados, por exemplo. Ainda há muito por fazer. A História Antiga, ainda vista por muitos com uma área da pesquisa histórica elitista e descolada da realidade, vem se beneficiando dos estudos subalternos, apresentando um novo conjunto de fontes e também novas perspectivas sobre as sociedades antigas. A História Antiga também deve continuar se beneficiando dos estudos de gênero a partir de uma perspectiva interseccional a fim de favorecer a visibilização eo entendimento dos mais variados tipos de divisão e organização sociais. A crítica
interseccional se dá justamente quando entendemos que indivíduos fazem parte do sistema de organização do mundo em que vivem, criando-o e reproduzindo-o, e simultaneamente, reagindo a ele. Se por um lado a fragmentação dos sujeitos, explorada pelos movimentos pós-modernos, potencializa a diversidade das abordagens e temas, também aponta limites das fontes que precisam ser situadas em seus contextos sócio- culturais e materiais. Na perspectiva interseccional, o gênero sai do seu gueto e amplia o entendimento da organização social. Ele deixa de ser um tema de mulheres, sobre mulheres ou ainda para mulheres e passa a ser um elemento-chave para entender como sistemas sexuados de classificação se formam, se desenvolvem e se manifestam. Ele sublinha ainda os perigos de abordagens anacrônicas e nos estimula a buscar definições êmicas no fazer histórico, salientando nuances e complexidades. Este dossiê apresenta uma série de trabalhos que demonstram a riqueza e a variedade de perspectivas. No cenário nacional, a experiência dos pesquisadores brasileiros que trabalham com o mundo antigo expõe a complexidade de sistemas de gênero nas diversas sociedades para além dos binarismos, podendo contribuir assim para o debate interseccional do campo na atualidade. A História Antiga não entra apenas como instrumental para pensar questões do presente, mas para (re)pensar as próprias metodologias dos estudos de gênero e do fazer histórico.Nessa perspectiva, o trabaSex and Gender and
problematiza a discussão do dimorfismo sexual e do binarismo de gênero, sobretudo no âmbito da segunda onda feminista. Budin explora as contradições e limites do debate feminista a partir da experiência do gênero fluido em sociedades orientais apresentando estudos de caso que incluem a Mesopotâmia, Albânia e a Índia antigas. A autora chama a atenção para o processo da desconstrução do binômio sexo-gênero defendido pelo xii movimento feminista que, a contrapartida, levou em parte ao apagamento progressivo das categorias homens e mulheres e as suas consequências políticas. O artigo de Guilherme Borges Pires (Universidade Nova de Lisboa) deus dar à luz? Msj nos Hinos Religiosos do Império Novo egípcio (c. 1539-1077 a.C.): sexo-gênero nos textos religiosos egípcios. Pires destaca como o contexto reprodutivo egípcio é pensado a partir de um dimorfismo sexual, mas manifestado para além de categorias biológicas, como é o caso do uso do termo msj nos textos cosmogônicos. Ainda no campo da antiguidade oriental, o trabalho de Anita Fattori (USP) -regional do II milênio AEC: destaca a importância do enquadramento específico dos sistemas de gênero para entender as mulheres na antiga sociedade mesopotâmica a partir das cartas. Esses documentos, vistos a partir de uma perspectiva interseccional, inserem as mulheres dentro de um sistema complexo de relações sociais, políticas e comerciais que nos permite ter uma visão mais nuançada dos papeis de gênero nesses contextos. No artigo intitulado "Retorno ao fragmento 31: tradução, gênero e sexualidade", Letticia Batista Rodrigues Leite (UNICAMP-Sorbonne) apresenta um estudo do poema considerado como um dos mais famosos de Safo de Lesbos. A partir da análise do originale de traduções do fragmento 31, a autora problematiza a heteronormatização como
elemento que evidencia as intersecções na produção acadêmica recente. Nesse sentido,propõe uma interessante reflexão a respeito das marcas de gênero da voz poética
enunciadora e das personagens colocadas em cena no referido poema, apontando para os possíveis horizontes de leitura e suas consequências políticas Em seguida, transitando de forma interseccional entre as denominadas antiguidades oriental e ocidental, no artigo "Representação e poder: a mulher que falou através de Apolo nas Histórias de Heródoto", Isabela Casellato Torres (UNESP) explora as representações de mulheres gregas e persas como conselheiras de assuntos bélicos na obra de Heródoto. A pesquisadora trabalha com a hipótese de que o historiador grego considerava mulheres gregas e persas como mantenedoras da ordem político-social, colocando-as em um mesmo patamar de atuação. Andrômeda, a de Eurípides e a de Sófocles, bem xiii como evidências visuais de origem cerâmica. A partir destes documentos, nota a autora ser possível perceber como práticas matrimoniais evidenciam, para além de questões relativas à sucessão dinástica e ao gênero, uma rede mediterrânica de contatos e de alianças entre gregos e cuxitas. Na sequência, no artigo "Dejanira e a morte no leito: considerações sobre gênero e matrimônio na tragédia As traquínias, de Sófocles" Mateus Dagios (UFRGS) analisa o discurso da personagem sofocliana Dejanira, apontando de que forma o status da mulher é apresentado relacionado ao matrimônio. A partir da análise de aspectos concernentes aogênero literário da tragédia grega, o autor apresenta um estudo acerca das motivações da
personagem, explorando as possibilidades de uma abordagem de gênero. Cerqueira Barbosa (IFPR) discute a educação feminina no período augustano. Especialênfase é dada à figura de Sulpícia, autora do período e cujos textos sobreviveram
parcialmente incorporados ao corpus elegíaco de Tibulo. Como demonstra Barbosa, a partir de uma perspectiva interseccional e ao explorar, por um lado, como se tensionam ostatus social da autora e topoi literários específicos de sua literatura elegíaca, é possível
constatar, assim, a complexidade e ambiguidade que cercam a figura de Sulpícia. (USP) debruça-se sobre um tipo particular de evidência, as moedas cunhadas entre as épocas de Augusto e Nero, para estudar as representações femininas na numismática deste período. A autora trabalha com a hipótese de que as representações femininas, ainda que obtivessem o consentimento do princeps para serem cunhadas em moedas, eram de tal sorte controladas que atendiam a objetivos políticos e sociais em que se observa uma marcada perspectiva androcêntrica. autora, Semíramis Corsi Silva (UFSM), analisa uma série de representações textuais desacerdotes envolvidos em práticas rituais nas quais ocorria castração de órgãos genitais.
Castrados, estes sacerdotes, como argumenta a autora, passariam por um processo detransgenerização para o feminino que implicava, além de uma transformação de gênero
em decorrência da perda de virilidade, a intersecção com categorias de status jurídico (como a de uir, o cidadão romano pleno em direitos) e com construções culturais relativas ao outro não greco-romano. xiv A seguir, Ana Carolina Pedroso Alteparmakian (USP), em "O mito de Tristão eIsolda inscrito na Antiguidade: contribuições teórico-metodológicas para além da Idade
Média", nos apresenta uma reflexão sobre a categoria da "mulher medieval", apontandopara seu caráter monolítico e generalizante, revelando a construção de estereótipos
femininos que se fazem presentes tanto nos documentos quanto na historiografia. Dessa forma, a autora trabalha com a recepção de mitos da Antiguidade no período da Idade Média, com objetivo de contextualizar a personagem feminina Isolda, compreendendo de que forma o estereótipo da "mulher celta", construído desde a Antiguidade, se inscrevequotesdbs_dbs33.pdfusesText_39[PDF] exemple de lettre ouverte bac francais
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